Números

Corpo de Bombeiros de Pelotas já registrou 52 ocorrências envolvendo insetos neste ano

Aparecimento desses animais aumenta durante os meses de verão; na mesma época em 2023, foram apenas 13 chamados

Foto: Jô Folha - DP - Florada apícola motiva o aparecimento dos insetos

As altas temperaturas dos meses de verão também acendem alerta para um problema comum: o aparecimento de insetos em residências. Neste ano, os bombeiros já registraram 52 ocorrências envolvendo insetos na área de atuação do Corpo de Bombeiros de Pelotas, que abrange, além do Município, Arroio do Padre, Capão do Leão, Pedro Osório e Cerrito. O número é expressivo com relação à mesma época do ano passado, quando tiveram apenas 13 chamados. Nesta época, são muitos os casos de enxames de abelhas, infestação de marimbondos, miruins e outros insetos.

O cuidado da população nas residências deve ser redobrado. Em 2023, foram 481 chamados para esse tipo de atendimento, uma média de 40 chamados por mês, de acordo com dados do Corpo de Bombeiros de Pelotas. O aumento de casos ocorre, principalmente, em razão do período de florada apícola. “Os insetos mais comuns que causam riscos de ataques são camoatins e abelhas (do gênero Apis), utilizadas para a produção de mel, mas que são espécies exóticas invasoras”, explica o 1º Sargento Vagner Gonzales, do Corpo de Bombeiros de Pelotas.

Em caso de enxames, o que fazer?

De acordo com Gonzales, ao constatar a formação de um enxame, a população deve evitar ao máximo o trânsito de pessoas e animais domésticos nas proximidades, isolando e identificando o local para que ninguém se coloque em risco. O manejo de abelhas só é realizado por bombeiros em último caso. “Ato contínuo deve procurar um apicultor ou, na falta deste, uma empresa de dedetização”, afirma o Bombeiro Militar.

Segundo ele, enxames de abelhas que estiverem em vias públicas e que não estiverem atacando devem ser informados à Prefeitura. Em propriedades particulares, a responsabilidade é dos moradores ou proprietários. Em todas as situações, somente em caso de ataque ou risco iminente de ataque o Corpo de Bombeiros deve ser acionado através do telefone de emergência, 193. A atuação desses profissionais irá atender as vítimas e isolar o local. Quem acionar o serviço irá responder um questionário para que seja possível realizar uma triagem e classificação. “Além de orientar o solicitante a contatar um apicultor ou empresa de dedetização, na falta ou impossibilidade destes, o Corpo de Bombeiros, valendo-se das prerrogativas legais irá realizar o manejo dos insetos, através da espécie de controle intitulada extermínio direto, preconizado pelo Programa Global de Espécies Exóticas Invasoras”, enfatiza.

O aparecimento de insetos

De modo geral, as temperaturas altas e chuvas do verão já são fatores que propiciam um aumento das populações de diversos insetos. O calor, em si, já aumenta a atividade deles, que saem com mais frequência em busca de alimentos. De acordo com o Professor Adjunto no Instituto de Biologia da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Marco Marinho, esses fatores podem explicar o aumento do número de encontros de pessoas com abelhas, por exemplo. “Além disso, muitos insetos têm seu pico do período reprodutivo no verão, também por causa do calor e da umidade. Isso vai aumentar o número de novas colônias de abelhas”, explica.

Já os miruins estão associados principalmente com ambientes aquáticos ou semiaquáticos. “Então podemos encontrar eles perto de rios, lagos, lagoas, ou, até mesmo, próximo de grandes poças de água, que se acumulam com as chuvas”, afirma. Em razão das fêmeas se alimentarem de sangue, acabam indo atrás de humanos.

Para insetos como abelhas, o ideal é sempre chamar um agente especializado para retirada de colmeias, já que elas podem atacar em grande quantidade se foram perturbadas. “É importante ressaltar que as abelhas, apesar de poderem ser nocivas por conta das ferroadas, são polinizadores importantes na natureza. Assim, muitas frutas e legumes que consumimos dependem da existência das abelhas (e outros insetos também), para a sua reprodução e continuidade”, explica. Marinho também destaca que o manejo dos miruins é parecido com o dos mosquitos em geral, incluindo o da dengue.

Algumas dicas são importantes para administrar o aparecimento:

- Evitar locais com água parada, em especial próximos de áreas habitadas, uma vez que isso propicia a reprodução

- Quando visitar áreas naturais, mais afastadas, é recomendado usar repelente, pois esses insetos podem transmitir doenças.

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